quinta-feira, 2 de junho de 2011

Felicidade como a Borboleta


Não sei se vocês já ouviram dizer que “a felicidade é como uma borboleta” ou que “o amor acontece quando menos esperamos”. Provavelmente sim, devem ter escutado ou lido pelo menos uma dessas frases em algum lugar por aí, né?!
Diante de tudo que penso sobre o meu namoro, só consigo pensar que foi quando eu menos esperava, da maneira mais natural, mais simples e complexa ao mesmo tempo rs.

Sou Anna Gabriella Moreira.
Ele é Ediel Pires.

Foi numa dessas comunidades de relacionamento Cristão do Orkut em que nos conhecemos. Chama-se “Esperando no Senhor – Kairós”.
Eu sempre participei dela desde 2009. Sempre ia quando podia, fazia amizades, participava dos debates, me divertia, etc. Literalmente, todos nós daquela comunidade somos uma família! Cheia de cenas divertidas, carinhosas e até mesmo, de brigas e debates. Normal em toda família, não é mesmo? Havia tópicos de todos os tipos. Dois deles eram nomeados como “Meninos perguntam, Meninas respondem” e “Meninas perguntam, Meninos respondem”. Foi ali, no meio do ano passado, que vi a foto do meu amor. Olha. A verdade é que não vi nada demais além de ser um cara que, aparentemente era inteligente, por causa dos comentários muito bem pensados; era bonito, até então, afinal “isso é internet”. Foto engana fáaaaacil! Primeira impressão: ‘mais velho, inteligente, parece ser bonito, mas não é pro meu bico. Mais um dos caras que entram por aqui!’ Pronto. Até aí tudo bem. Mas umas semanas depois, observei certos comentários em que ele dizia a uma moça, como quem nada quer, que faz trabalho voluntário se vestindo de palhaço e já fez trabalho de missões. Só para que vocês entendam, desde meus 13 anos, tenho um chamado de fazer missões cristãs. Então, sempre desejei, sempre quis ter um homem que tivesse esse mesmo desejo de fazer missões. Queridos, ao ler aqueles comentários, confesso que surgiu aquele interesse básico. Mas eu pensava: ‘ah, é mais velho, não deve ter NADA a ver comigo!’ E seguia meu rumo. Algumas vezes eu fiz umas perguntas num desses tópicos que citei antes, e quem respondia? Ele! Sempre de forma inteligente, querendo ajudar, como quem nada quer. E eu, não vendo intenção alguma nas respostas dele, agradecia no mesmo nível, amigavelmente e respeitosamente.

Mas foi no tópico “Meninos perguntam, Meninas respondem” em que surgiu aquela pulguinha atrás da orelha. Um rapaz havia perguntado como é uma cólica. Depois que algumas meninas responderam, eu lembrei de minha primeira cólica, que foi bem engraçada, e resolvi comentar. Comentei algo do tipo: “Comentário básico: na minha primeira cólica, eu achei que fosse dor de barriga. Resultado: fiquei três horas na privada e NADA! Kkkkk”. Algumas pessoas riram, e dentre elas, ele! E o comentário dele não foi só uma risada. Foi algo do tipo: ‘é bom ver que algumas garotas não tem frescuras pra falar aqui!’. Sinceramente, achei aquele comentário bem...diferente do normal!
Depois de um tempo, no exato dia 12 de dezembro, ele me adicionou no orkut dizendo que a Fulana, que era minha amiga e amiga dele também, dizia que eu era gente boa e tal. Achei aquilo bom, porque poderia o conhecer melhor. Mas inicialmente, sem nenhum interesse.

Trocamos os nossos primeiros recados. Logo ali ele já me elogiou dizendo que me achava bonita, disse que eu pareço com a Miranda Lotto, personagem de um anime, que por coincidência, um amigo meu já me disse isso também! Até havia (e ainda há) uma foto dela no meu orkut! E eu achei estranho ele dizer que sentia algo bom vindo de mim. Não vi intenção alguma, e por isso fiz questão de por minhas dúvidas: ‘Ah é? Que algo bom? Cuidado, não sou tão boa assim.’ Mas ele insistiu dizendo que eu parecia ser uma garota boa, especial e afins! Tentei acreditar, e hoje vejo que não foi em vão deixar roalr, pois tudo o que ele dizia, vinham è mim com sinceridade e verdade.

A partir de então, começamos a conversar mais. Ele sempre me chamava na maioria das vezes e aquilo me fazia perguntar se ele estava gostando de mim, pois já havia me elogiado. E em quase todas as conversas sempre dizia: sinto algo bom vindo de você. E eu sempre dizia: ‘Ediel, isso é internet.’ A mesma frase era de resposta aos elogios que me fazia. E incrivelmente, ele não gostava que eu dissesse isso. Quase brigava comigo. Comecei a imaginar que havia algo mais além nesse “algo bom” que sentia por mim. Mas não esquentei a cabeça em querer entender e continuamos a conversar. Nossa amizade foi ficando muito boa. Sempre que estávamos on-line, papeávamos por horas! E como é de praxe, fomos vendo coisas em comum entre nós. Não preciso nem comentar o gosto musical! Rock, rock e rock! Ele ouve Mordechai Ben David. Ouve não, mas pelo menos sabe de sua existência!! Vocês têm noção do que isso significa? Brincadeira. Hehehe. Além do gosto musical, o gosto por animes, o jeito de ver as coisas, até hoje nos impressionamos com várias semelhanças entre nós que vão muito além dessas superficialidades que comentei. E o mais importante, meus queridos, é o nosso sonho de vida: missões. Quando ele me disse que havia feito e contou suas experiências, fiquei impressionada e surgiu aquele interesse minúsculo dentro de mim, mas um interesse de mulher para homem. Porém, eu estava tão tranqüila com nossa amizade, que nem imaginava que poderíamos ter algo, e descartava os interesses que surgiam em mim imaginando ser somente a amizade o sentimento existente em nós.

E assim foi indo. Nossas conversas eram diárias. Eu conversava com ele sempre que podia, sobre todos os assuntos, sobre tudo, ou quase tudo, rs. De todas as formas. Até mesmo no celular. E foi no celular que ele disse que gostava de mim! .... Lembram que comentei que ele sempre dizia que sentia algo bom vindo de mim? Foi numa conversa a noite, eu estava no celular, dentro do meu quarto. Resolvi jogar verde e perguntei que tipo de atração é essa que ele sentia por mim. E ele explicou. Antes disso, eu já sabia de que ele tinha uma sensibilidade espiritual, e que consegue sentir energias boas e ruins vindas das pessoas. Talvez você não acredite nisso, e nem precisa, mas não é um bicho-de-sete-cabeças. Ele me explicou que consegue sentir se pode ter uma relação amigável ou não com uma mulher. E quando ele me viu na comunidade, ele disse que sentiu algo, porém esse algo não era um sentimento somente carnal, mas sim, um sentimento maior que nós, chegava a ser espiritual. Era difícil acreditar quando ele me disse tal coisa, justamente por que nossa mente humana não é tão capacitada para entender coisas sobrenaturais e espirituais. O mais incrível e difícil de acreditar no momento era a distância, Internet! Como alguém é capaz de sentir uma atração por alguém só de ver na internet? Eu até perguntei se tinha noção do que estava falando. Disse que sim e que por isso, queria me conhecer melhor. Ali mesmo eu vi que poderia encarar isso, pois eu vinha pensando nele e estava gostando dele. Deus sabe das coisas que faz. Se desse errado ou não, deveria tocar em frente. Até então, nada de iniciar o namoro, mas continuamos a nos falar. Dias passaram e já começamos a planejar a vinda dele pra me conhecer no carnaval.

No fim de janeiro, eu tive que ir à BH prestar vestibular, e o contato com ele continuava. No exato dia 30 de janeiro, domingo, conversando de noite com ele, eu havia comentado que nossas ‘briguinhas’ parecia de namorados. Mais uma vez, joguei verde, rsrsrs. Ele então disse “Fica fácil, é só você namorar comigo!”. Eu fiquei espantada e perguntei se era sério. E ele, “claro que é, eu gosto de você Anna!”. Bom, a vinda dele já estava marcada e combinada, e pensei, ‘poxa, eu estou gostando dele, e ele de mim, ele vai vir me conhecer, por que não? Não custa nada tentar, só o dinheiro que ele vai gastar, o resto seria lucro pra nós dois, rsrsrs’. A partir daí não conseguíamos acreditar, tanto eu quanto ele. Eu, que nunca havia namorado, estar gostando de um cara que também gostava de mim e queria me conhecer. O que restava fazer era encarar e agradecer a Deus.

Então chegou o dia em que ele viria, dia 4 de março. Eu e meus pais estávamos esperando-o na rodoviária. Eu estava ansiosa, meio com medo porque eu ia conhecer meu primeiro namorado! Quando ele desceu do ônibus, me veio aquele acesso de timidez. Nos cumprimentamos e seguimos pra casa. E mesmo assim, eu não acreditava no que estava vivendo naquela hora. O meu namorado! No carro, eu olhava de canto de olho e via que ele estava me observando. Eu sorria, procurando ter mais a certeza de que Deus estava fazendo a Sua vontade ali mesmo, naquele momento lindo.

Chegando em casa, eu e meus pais fizemos o melhor pra que ele se acomodasse e se sentisse bem. Foi apresentado aos meus pais, conversamos todos a fim de saber quem era ele. Quem era meu namorado e quem era o futuro genro deles, hehehe. Foi a tarde em que demos o nosso primeiro beijo. De uma forma clássica e até mesmo tradicional: estávamos sentados no sofá de casa ao som de Muse, uma banda que gostamos muito. Ele sempre foi muito fã e dizia que eu devia ouvir. Eu, na verdade já sabia da existência deles, mas nunca ouvi direito e a fundo. Foi preciso que ele me passasse a discografia pra que eu virasse fã de carteirinha. Hoje não abro mão de Muse na minha lista dos melhores do rock! Vale ressaltar que da mesma forma que ele me passou a discografia de uma banda que ele gostava muito, e que eu virei fã dessa banda, também foi ao contrário. Eu sou muito fã de The Smiths, tinha a discografia e passei pra ele. E ele? Amou! Rsrsrss Hoje, Muse e Smiths são umas das nossas bandas preferidas.

Bom. No dia seguinte, sábado, fomos à um congresso regional chamado Jubacel, em outra cidade. Acontece geralmente nas igrejas Batistas, em feriados. Uma espécie de retiro. Lá ficamos juntos o tempo todo, aprendendo mais de Deus durante as pregações, tentando buscar um aviso de Deus. Crescemos espiritualmente e também confirmamos algo que ardia desde muito tempo em nossos corações: o chamado de missões. Não podíamos perder tempo, pois Deus nos chamava ali! A benção de Deus estava sobre nós e tínhamos essa certeza.


Hoje vejo que a cada dia o amo mais, me preocupo com ele, gosto mais ainda da risada dele, me impressiono com muitos detalhes e surpreendo-me ao conhecer mais o meu namorado! E vejo que realmente temos um futuro. Ele só não é perfeito, pois não há perfeição, mas beira a esta. Estamos lendo a bíblia juntos, compartilhando sempre. A cada desentendimento, crescemos, nos conhecemos mais e temos a noção do que devemos melhorar juntos. Nosso propósito é estar unidos, sempre, com a benção e a sabedoria de Deus sobre nós, a nos guiar.

Queridos, um relacionamento entre um casal não é apenas o que você somente sente, pois isso seria egoísmo, certo? Um relacionamento não são só coisas boas, lindas, palavras bonitas e etc. Um relacionamento em que se ama de verdade é baseado em um amor que se doa, que suporta, que se entrega da mesma forma que agüenta tudo. Um amor em que se preocupa com o outro, não se porta indecentemente (isso é importantíssimo, atenção! rs), não vê seus interesses somente, não se irrita, não suspeita mal. Queridos, amem e sejam fiéis aos seus parceiros ou parceiras. E seja merecedor de todo carinho, pois futuramente, com certeza, valerá à pena todo o esforço pelo seu relacionamento. E mesmo que seja a distância, suporte! E não se esqueçam que, se há futuro para vocês, logo mais não haverá distância, pois estarão juntos. Tentem estar juntos, assim como hoje, eu e Ediel planejamos estar.

É essa a nossa história. Mais uma dentre muitas outras.
Deus abençoe a todos vocês e seus relacionamentos, dando-lhes sabedoria e muitoooo amor!


 @_annagelotto (Caratinga/MG) e @Ediel_Fenrir (Goiânia/GO)

3 comentários:

  1. Nossa que história linda. Achei esse blog por acaso. Me fez repensar sobre meu casamento.

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  2. Bonitinho, mas acabou, néh..kkkk

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